sábado

nuvens não precisam ser metáforas


uma página ampla
se reescreve sem pudores
a experiência das palavras
 a precipitação
capturou um mundo iludido
muro sentido
saiu 'o ido o tido o dito
 o dado o consumido'

reverberantes furtos
 gritos minúsculos
 talvez tripas de acrílico
me cobrindo de caetanos
pois a poluição do ar seco
das pessoas com seus seis dedos
 rasgam  até o canto
o corpo passivo dos sorrisos
é a putrificação:
                      a língua da terra
                      suas formas mastigadas
                     o  estar estável de sentir 
                     maiúsculas a lamber
                    o acre da palavra crua 
                   se entrega ao meu doce
                   coração de sorver-te

Quem?

Minha foto
Vila Velha, ES, Brazil
linde de sua palavra

Arquivo do blog

a singrar